Hubble e Webb revelam duas faces fascinantes de um aglomerado estelar

Astrônomos da NASA divulgaram imagens impressionantes do aglomerado estelar NGC 346, captadas pelos telescópios espaciais Hubble e James Webb. Essas imagens, feitas em diferentes comprimentos de onda, revelam duas perspectivas complementares de uma das regiões de formação estelar mais ativas do nosso universo próximo.

Onde está o NGC 346?

NGC 346 está localizado na Pequena Nuvem de Magalhães, uma galáxia anã que orbita a Via Láctea e está a cerca de 210 mil anos-luz da Terra. Essa galáxia é um laboratório natural para entender como estrelas nascem e evoluem em condições diferentes das da nossa galáxia.

Dois telescópios, duas visões do cosmos

As imagens publicadas mostram o mesmo objeto astronômico sob dois pontos de vista distintos:

  • O Hubble, que observa em luz visível e ultravioleta, revela estrelas já formadas e estruturas iluminadas pelas radiações intensas dessas estrelas jovens.
  • O Webb, observando no infravermelho, penetra as nuvens de poeira e gás para mostrar estrelas ainda em formação – etapas que o Hubble não consegue alcançar.

Imagem captada pelo Hubble

Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI

Na imagem do Hubble, vemos a luz intensa das estrelas jovens, que aquecem e iluminam o gás ao redor. Os tons azulados e esverdeados indicam altas temperaturas e gases ionizados, enquanto as faixas escuras são regiões de poeira que obscurecem parte da luz visível.

Imagem captada pelo James Webb

Crédito: NASA, ESA, CSA, STScI

Com o telescópio Webb, o mesmo aglomerado aparece completamente diferente. O infravermelho permite ver através da poeira, revelando protostrelas e estruturas densas que seriam invisíveis para o Hubble. Isso ajuda os cientistas a mapear as fases iniciais da vida das estrelas.

O que essas imagens revelam?

Essas observações ajudam a responder perguntas como:

  • Como as estrelas se formam em ambientes com pouca matéria-prima?
  • Como a radiação de estrelas jovens influencia o nascimento de outras estrelas?
  • O que podemos aprender sobre a formação estelar no início do universo?

A combinação dos dois telescópios mostra como os instrumentos modernos são capazes de trabalhar juntos, cada um trazendo peças diferentes de um grande quebra-cabeça cósmico.

Por que isso importa?

Estudar regiões como NGC 346 ajuda a entender como estrelas e planetas — como o nosso Sol e a Terra — se formaram há bilhões de anos. Além disso, essas descobertas fornecem pistas sobre as condições em galáxias distantes e nos primórdios do universo.

Enquanto o Hubble continua sendo uma das ferramentas mais importantes da astronomia moderna, o Webb representa uma nova era de exploração espacial, permitindo que vejamos além do que era possível até poucos anos atrás.

Assista ao vídeo da NASA (opcional)

Quer saber mais?

Você pode ler o artigo original da NASA, em inglês, no link oficial: https://science.nasa.gov/missions/hubble/nasas-hubble-and-webb-reveal-two-faces-of-star-cluster-duo/

Imagens e dados fornecidos por NASA, ESA, CSA e STScI. Uso autorizado para fins educacionais e informativos. Esta publicação é uma adaptação interpretativa para fins de divulgação científica.

JC

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